Os futuros da soja, do milho e do trigo enfretaram mais um pregão volátil no mercado internacional nesta quarta-feira (8). Até que seja divulgado o novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e que o clima se defina nos Estados Unidos, o mercado opera sem direção. Porém, os preços conseguiram retomar o fôlego e fechar os negócios em alta. A soja e o milho fecharam com ganhos de dois dígitos.
Nesta sexta-feira (10), o departamento norte-americano divulga seu novo reporte de oferta e demanda e os analistas esperam que o órgrao faça ajustes, principalmente, nos números do milho.
Segundo Daniel D'Ávilla, analista de mercado da NewEdge, de Nova York, as perdas nas lavouras do cereal podem chegar a 100 milhões de toneladas. Espera-se que o USDA reporte uma produção entre 264 milhões e 280 milhões de toneladas. A projeção inicial era de uma colheita de 365 milhões de toneladas.
No caso da soja, a quebra pode ser de cerca de 20 milhões de toneladas e os prejuízos financeiros já são calculados em, aproximadamente, US$ 33 milhões. Em importantes estados produtores, como Iowa e Illinois, o enchimento das vagens já começa a dar sinais de desaceleração por conta da seca e isso compromete a produtividade da oleaginosa.
Além disso, há ainda a entrada de novas chuvas nos Estados Unidos. No entanto, ainda são volumes baixos e precipitações nada regulares, o que, portanto, não ameniza a situação das lavouras norte-americanas.
"O mercado vinha trabalhando com clima quente e seco por muito tempo. Agora, essas chuvas têm um efeito psicológico e ainda não são suficientes para reverter o quadro", explicou D'Ávilla. O analista explicou ainda que a tendência de alta no curto prazo não muda. As perdas existem e isso deve continuar trazendo sustentação aos preços.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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