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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Soja: Mercado amplia recuo e fecha o dia com perdas de dois dígitos

No pregão regular desta segunda-feira, a soja ampliou suas perdas e fechou o dia com baixas de dois dígitos na Bolsa de Chicago. Os movimentos de realização de lucros após as fortes altas de sexta-feira (20) e o dia negativo para o mercado financeiro pressionaram as cotações da oleaginosa.

Nesta segunda, as principais bolsas de valores mundiais encerraram os negócios em queda. Na Europa, os índices recuaram diante de indicadores fracos da indústria europeia e chinesa. No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) também trabalhava em baixa até o horário de fechamento dos mercados em Chicago (15h30, horário de Brasília).

O desempenho também foi fraco entre as ações, o petróleo e os metais e as demais commodities. Em contrapartida, o dólar teve um dia positivo. A alta da moeda norte-americana também atua como fator de pressão negativa para a oleaginosa, uma vez que tira parte da competitividade do produto dos EUA.

"O fato é que na soja a tendência é altista, mas com o financeiro em baixa, a atuação dos especuladores fica limitada hoje", disse o analista de mercado da Cerealpar, Steve Cachia.

Os traders enfrentam mais um dia sem muitas novidades que possam provocar oscilações muito forte nos negócios e, como explicou o analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar, aguardam para tomar uma nova posição técnica.

Esse sobe e desce do mercado já vem sendo registrado há alguns dias, com o mercado perdendo e ganhando entre as sessões. A volatilidade reflete a tendência altista do mercado pressionada por fatores como o próprio cenário financeiro e os dados sobre o plantio da nova safra dos Estados Unidos. As primeiras informações para o milho já começaram a sair e para a soja devem aparecer esta semana.

Porém, as baixas da oleaginosa foram limitadas pelo anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) da venda de 165 mil toneladas de soja para destinos não revelados, que atuou como suporte para que o recuo dos preços fosse menos acentuado.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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