Após trabalhar com muita volatilidade no início do pregão regular desta quarta-feira, o mercado da soja virou e passou para o lado positivo da tabela, encerrando o dia no azul. A quebra da safra na América do Sul voltou aos holofotes dos investidores.
Notícias de novas baixas nas safras do Brasil e da Argentina parecem ter criado uma nova faísca nos negócios depois da realização de lucros das últimas sessões. Hoje, a consultoria Informa Economics reduziu sua projeção para a safra argentina de soja para 45 milhões de toneladas e a do Brasil para 66,5 milhões. Anteriormente, as estimativas eram de 47,5 milhões e 68 milhões de toneladas, respectivamente.
O cenário fundamental é positivo para os negócios. O momento é de demanda bastante aquecida, principalmente por parte da China, que esta semana já comprou mais 120 mil toneladas da oleaginosa dos EUA e pode aumentar seu esmagamento de soja este ano.
Porém, essa demanda enfrenta tempos de
oferta bastante restrita, com a quebra na produção da América do Sul, mais severamente no Brasil e na Argentina, e com a estimativa de redução na área destinada à soja nos Estados Unidos na safra 2012/13.
Por isso, os investidores tentam manter a soja em alta, tornado-a mais atrativa com o objetivo de fazer com que a oleaginosa ainda ganhe algum espaço do milho nos EUA.
No entanto, mesmo com essas novidades, a soja devolveu parte dos ganhos e fechou com altas de pouco mais de 2 pontos. O que limitou o avanço da oleaginosa foi o desempenho negativo do milho e do trigo e o dia negativo do mercado financeiro.
A Europa volta a preocupar, com foco na dívida espanhola, e cria temores de uma nova recessão no continente. As informações provocaram um dia negativo, com as bolsas, metais e petróleo em baixa, a alta do dólar e ainda aumentaram a aversão ao risco por parte dos investidores, que optaram por realizar lucros.
Segundo analistas, a quarta-feira preocupante no cenário macroeconômico foi o que pesou sobre o mercado do milho, que encerrou o dia em território negativo. A forte baixa do trigo também pressionou o cereal.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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