Os preços das commodities agrícolas dispararam nas bolsas dos EUA, ontem, beneficiados pela desvalorização do dólar ante outras moedas. Os investidores do mercado de câmbio venderam a divisa americana para comprar outras de maior retorno em um dia de aumento do apetite pelo risco. Foi uma reação a indicadores econômicos positivos divulgados nos EUA e na Europa. A queda do dólar torna mais baratos os produtos negociados nessa moeda, o que beneficia seus mercados.
Entre as commodities cujos preços mais subiram esteve o açúcar negociado em Nova York.O contrato para entrega em março disparou 5,2%, para 24,51 centavos de dólar por libra-peso. Analistas consultados pela agência Dow Jones ponderaram, contudo, que o volume de negócios limitou- se a um terço do registrado normalmente, o que amplia a volatilidade das cotações. Ainda no pregão nova-iorquino, o contrato março do algodão fechou no limite de alta permitido pela bolsa: 400 pontos (4,36%), cotado a 95,80 centavos de dólar por libra-peso.
Em Chicago, além de se beneficiarem da queda do dólar, os preços dos GRÃOS subiram diante da possibilidade de redução de produtividade provocada pela estiagem nas lavouras da Argentina, principalmente, e do Sul do Brasil. De acordo como Commodity Weather Group, três quartos do cinturão de GRÃOS da Argentina registram déficit severo de umidade. O contrato março da soja subiu 1,64%, para US$ 12,2750 por bushel, enquanto o do milho avançou 1,86%, para US$ 6,5850.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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