A Bolsa de Chicago opera no pregão regular desta quinta-feira com fortíssimas baixas para o complexo de grãos. Às 13h59 (horário de Brasília) os futuros da soja atingiam o pior patamar em seis meses na CBOT, perdendo mais de 25 pontos no contrato novembro/11 que cedia a barreira dos US$13 por bushel. No mesmo horário, o milho também operava no vermelho com retração de 21 pontos nos principais vencimentos, após um fraco desempenho nas vendas líquidas semanais. Pressionado pelas demais commodities e pela concorrência entre Rússia e EUA, o trigo também trabalha em solo negativo, amargando de 18 a 24 pontos de queda nos contratos mais importantes.
Para analistas, as quedas acentuadas dos grãos refletem o pessimismo que toma conta do mercado financeiro mundial, com investidores eliminando ativos de risco, como as commodities agrícolas. O anúncio do Fed (Banco Central dos EUA) de manter a taxa básica de juros entre zero e 0,25% ao ano e comprar US$ 400 bilhões em títulos do tesouro americano até junho de 2012, não foi visto de forma positiva pelo mercado, que esperava medidas mais firmes do órgão americano. Segundo boletim do Fed, a expectativa é que haja uma retomada no processo de recuperação na economia do país, mas isso deve acontecer gradualmente.
Os futuros dos grãos operam ainda nesta quinta-feira diante da falta de fundamentos próprios e sob pressão da forte alta do dólar, que trabalha com alta de 3%, cotado ao R$1,92.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgou números sobre as exportações de grãos no país até o dia 15 de setembro. De acordo com o relatório, o volume embarcado de soja somou 404,4 mil toneladas no período. A expectativa inicial ia de 200 a 800 mil toneladas.
Para o milho, o volume também ficou dentro das estimativas que iam de 400 a 900 mil toneladas. O grão registrou 598,10 mil toneladas exportadas para o ano comercial 2011/12.
Já para o trigo, as vendas líquidas norte-americanas ficaram em 679.500 toneladas na semana encerrada em 15 de setembro, contra 413.500 toneladas na semana anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas // Ana Paula Pereira
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