Jesus

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terça-feira, 22 de março de 2011

Safrinha da soja é arriscada

O preço estimulante da soja está levando agricultores de vários estados brasileiros a uma prática considerada arriscada. Eles estão abrindo mão da rotação de culturas, técnica, recomendada para reduzir a proliferação de doenças e melhorar o solo, e voltam a semear o grão logo após a colheita da própria soja.

A prática da segunda safra, ou safrinha com soja, já foi adotada com mais intensidade por produtores de Mato Grosso, mas também ocorre nos estados de São Paulo e Paraná. São utilizadas no cultivo variedades precoces para que a colheita seja feita antes de começar o vazio sanitário anual, período em que o grão não pode
ser cultivado para facilitar o controle da ferrugem asiática.

No Estado de Mato Grosso, o vazio sanitário de 90 dias começa em 15 de junho. Até lá, a soja da segunda safra plantada pelo produtor Leandro Gazola, na Fazenda Realeza, município de Sorriso, no médio-norte, já terá sido colhida. Ele fez a semeadura de 500 hectares no dia 14 de fevereiro, no mesmo local em que colheu a soja deverão. “Foi máquina atrás de máquina”.

PLANTIO DIRETO

No sistema de plantio direto, a plantadeira segue o rastro da colhedora para deixar no solo
a semente da segunda lavoura. Normalmente, o grão plantado na safrinha é o milho, uma gramínea que tem papel importante para quebrar o ciclo de pragas e doenças de planta e de solo da lavoura anterior, no caso, a soja, da família das leguminosas.

Nos dois anos anteriores, Gazola já testou o plantio da safrinha de soja, mas em área menor. Desta vez, plantou uma variedade superprecoce e espera colher até o dia 15 de maio. “Já recebemos críticas por plantar fora de época, mas a verdade é que tem dado bom resultado”, diz o produtor.

Ele sabe que terá de fazer mais pulverizações na lavoura para controlar lagartas e a ferrugem,
mas ainda assim espera ter um bom ganho. “No ano passado,fizemos quatro aplicações na safrinha, quando na safra normal são duas ou três. Se o preço continuar bom, esse custo adicional é absorvido.”

Opção pelo preço – Gazola não esconde que optou pela soja, em vez do milho, por causa do preço. No ano passado vendeu o milho, que tem custo de produção mais alto que o da soja, por R$ 7 a saca. Este ano, com o milho a R$ 13, ele ainda considera a oleaginosa uma cultura mais vantajosa.

Em 2010, colheu 33 sacas por hectare na safrinha e vendeu por R$ 35/saca. Este ano, na região, o preço está em R$ 37.“Somado o ganho da safra de verão com o da safrinha, o resultado é excelente.” Na região de Rondonópolis, no sul do Estado, alguns produtores também plantaram soja sobre soja.

A Sementes Santa Carolina fez um plantio experimental numa área de apenas 20 hectares. “Nesta região, quando acaba a chuva, passam-se meses sem cair uma gota. Estamos experimentando para ver até onde a lavoura vai quando a chuva parar”, diz o diretor comercial
Luiz Sérgio Oliveira. Ele conta que foi usada uma variedade própria para o verão, com recomendação de plantio até 30 de outubro. “Plantamos no fim de janeiro para ver no que dá. Se vingar, passará a ser uma opção.” No Paraná, houve plantios no sudoeste.



Fonte: Folha do Estado

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