O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (7), abaixo de R$ 3,85, mantendo a tendência da véspera, quando fechou na menor cotação desde 16 de setembro. Os investidores adotam cautela antes da votação dos vetos presidenciais no Congresso e do julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU) das contas do governo em 2014.
Na véspera, o dólar fechou em queda ante o real pela 3ª sessão seguida, apesar do quadro de incertezas políticas e econômicas no Brasil, num dia de poucos negócios. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 3,8429, em queda de 1,48%, na menor cotação desde 16 de setembro, acumulando queda de 3,99% em três sessões.
No acumulado no mês, o dólar caiu 3,09%. No ano, entretanto, a valorização é de 44,54%.
Segundo a Reuters, o movimento de queda ainda refletia apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros no ano que vem.
Cenário internacional
O dólar vem recuando sobre moedas emergentes nos últimos dias diante de apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, só elevará os juros nos Estados Unidos no ano que vem, provocadas por uma leva de indicadores econômicos fracos no país.
Na terça, essa perspectiva foi reforçada por dados mostrando que as exportações de agosto dos EUA foram atingidas pela economia global enfraquecida e as importações da China cresceram, alimentando a maior expansão do déficit comercial norte-americano em cinco meses.
O Fed aguarda sinais de recuperação da economia dos EUA para subir a taxa de juros no país. Por isso, com os recentes dados ruins, a moeda norte-americana caía em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano nesta terça.
No Brasil
A cautela ainda predomina sobre os negócios locais, antes de importantes eventos políticos. O Congresso adiou por falta de quórum nesta terça-feira a votação dos vetos presidenciais com potencial de impacto sobre as contas públicas, mas investidores ainda esperam que os vetos sejam mantidos.
Os investidores também estão de olho no Tribunal de Contas da União (TCU), que manteve o julgamento das contas do Executivo de 2014 para quarta-feira mesmo após o governo ter pedido o afastamento do relator do caso, ministro Augusto Nardes. A reprovação do balanço poderia abrir espaço para eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Atuação do BC
O Banco Central dará continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Até agora, o BC já rolou US$ 2,046 bilhões, ou cerca de 20% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
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