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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Dólar sobe e chega aos R$ 3,84, com emprego nos EUA e questões fiscais

O dólar subia cerca de 2% nesta sexta-feira (4), chegando a R$ 3,84, em meio às persistentes incertezas envolvendo o cenário político e econômico interno e após os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mostrarem números que reforçaram visões de que os juros podem subir neste ano na maior economia do mundo.
"As preocupações econômicas e políticas permanecem, então o investidor olha todo o panorama e fala: 'vou errar menos se ficar comprado'", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora Reginaldo Galhardo. "Não vemos nenhum alívio no curto prazo pra estancar essa tendência de alta (do dólar)", acrescentou.
Pouco após a abertura dos negócios, foram divulgados dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos que mostraram a desaceleração do crescimento do emprego no mês passado. No entanto, os dados de junho e julho foi revisado para cima, o que pode influenciar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar a taxa de juros em breve.
"Os investidores gostaram das revisões. Estes números reforçam as expectativas de aumento de juros ainda para este mês por parte do Fed", escreveu o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik, em nota a clientes.
Juros mais elevados nos EUA podem atrair para aquela economia recursos atualmente investidos em outros países, como o Brasil.
No Brasil, os investidores também continuavam de olho no cenário político e econômico conturbado. Na véspera, o vice-presidente Michel Temer afirmou, em encontro com empresários, que considera difícil a presidente Dilma Rousseff concluir o atual mandato se a popularidade dela continuar muito baixa, alimentando visões de que o atual governo está a base cada vez mais fraca.
Na véspera, o governo fez esforço concentrado para demonstrar que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, segue na condução da economia do país, apesar de intensas especulações de perda de espaço e de que ele deixaria o cargo.
"O mercado arrefeceu ontem depois da notícia que o ministro Levy fica, mas ainda permanece esse ranço, essa preocupação de até que ponto isso é verdade", disse Galhardo, da Treviso.

O fim de semana prolongado, com os mercados fechados no Brasil e nos EUA na segunda-feira devido a feriados nos dois países, também ajudava a manter os investidores cautelosos nesta sessão.

Intervenção do BC no câmbio
Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 9,45 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence em outubro. Ao todo, o BC já rolou 1,823 bilhão de dólares, ou cerca de 19% do total de 9,458 bilhões de dólares e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote até o final deste mês.

Véspera
O dólar fechou estável em relação ao real na quinta-feira (3), após ter ultrapassado a marca de R$ 3,80, novamente reagindo à apreensão com a deterioração das contas públicas e com a continuidade do ajuste fiscal no Brasil. A moeda norte-americana fechou no mesmo valor da véspera, a R$ 3,7598.

Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,8175, maior nível intradia desde 11 de dezembro de 2002, quando foi a R$ 3,82.

Essa forte valorização do dólar comercial refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Em casas de câmbio pesquisadas pelo G1 o valor passa de R$ 4,20.

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