O dólar comercial opera em forte alta de 2,63% nesta quinta-feira, um dia após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) ter cortado a nota de crédito do Brasil, fazendo-o perder seu grau de investimento — espécie de selo de bom pagador. A divisa americana está cotada a R$ 3,897 para compra e a R$ 3,899 para venda. Na máxima da sessão, chegou a R$ 3,908. O mercado acionário brasileiro ainda não abriu mas os Depositary Receipts da Petrobras em Frankfurt — recibos de ações da estatal negociados na Bolsa alemã — chegaram a cair 13,9%, de € 4,70 a € 4,05.
A nota do Brasil pela S&P foi de “BBB-” para “BB+” menos de dois meses após a agência revisar a perspectiva do Brasil para negativa. Pesou para a decisão a proposta orçamentária do Planalto para 2016. O cenário econômico levou a entidade a colocar o rating em perspectiva negativa, o que aponta a possibilidade de novo rebaixamento nos próximos meses.
Na noite de ontem, em entrevista ao “Jornal da Globo”, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a nota da S&P “é apenas uma avaliação se a gente está olhando com seriedade para isso. Se a sociedade, o Congresso, o governo estão entendendo a seriedade de ter equilíbrio fiscal, é necessário para o Brasil ter a confiança das pessoas”.
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