Jesus

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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Soja tem altas de dois dígitos na CBOT e preços acima dos R$ 81 no porto de Rio Grande

Os futuros da soja, que já começaram o dia em campo positivo na sessão desta segunda-feira (10), vem ampliando seus ganhos entre as posições mais negociadas na Bolsa de Chicago, Por volta das 11h50 (horário de Brasília), os principais vencimentos subiam entre 15,75 e 17,75 pontos, com a primeira posição do momento - setembro/15 - sendo negociada a US$ 9,93 por bushel. A agenda dessa semana é cheia para o mercado internacional de grãos com quatro novos boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sendo reportados nos próximos dias.
A instituição traz, nesta segunda, seu novo boletim semanal de acompanhamento de safras. O relatório sai às 17h - após o fechamento do mercado - e os traders aguardam pelo número com ansiedade, uma vez que há semanas o índice de lavouras em boas/excelentes condições se manteve em 62% e, em seguida, apresentou uma ligeira melhora para apenas 63% na última semana. 
Assim, as condições de clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos também seguem no foco dos investidores, já que agosto é o mês mais importante para a cultura no país, período em que é definida e consolidada sua produtividade. Para os próximos dias, entretanto, as previsões indicam chuvas e temperaturas abaixo da média, segundo informações do NOAA, departamento oficial de clima do governo americano. 
Ao mesmo tempo, a ansiedade é grande também para o novo reporte mensal de oferta e demanda que o USDA traz nesta quarta-feira (12) e é unanimidade entre as consultorias privadas, de acordo com as expectativas que foram reportadas nos últimos dias, que a estimativa do departamento para a safra norte-americana de soja seja revisada para baixo, bem como sua produtividade. 
Paralelamente, ainda nesta segunda e na próxima quinta-feira (13) respectivamente, chegam ao mercado os boletins semanais de embarque de grãos e vendas semanais para exportação, indicadores importantes da demanda e que também devem trazer alguma movimentação para as cotações. 
E à espera de todas essas informações, como explicam analistas, os traders e fundos de investimento seguem ajustando suas posições com o objetivo de garantir um bom posicionamento. Afinal, além desses números que indicam os fundamentos do mercado, a movimentação do financeiro também segue sendo observada pelos participantes do mercado. 
Enquanto isso, no Brasil, os preços da soja praticados nos portos do Brasil ainda sustentavam patamares muito importantes, mesmo com um dia negativo para o dólar frente ao real. Por volta das 11h50, a moeda americana recauava 0,88% e era negociada em R$ 3,479. No entanto, com as altas em Chicago, por volta de meio-dia, em Rio Grande a soja disponível valia R$ 81,40 e a futura, R$ 81,20 por saca. Em Paranaguá, os valores eram de, respectivamente, R$ 80,00 e R$ 78,00/saca. E segundo um levantamento feito pelo Cepea, os produtores brasileiros voltaram, aos poucos, a participar do mercado de forma um pouco mais intensa. 
Os sojicultores, nesse momento, observam de que forma esse dólar - apesar da baixa de hoje - ainda se mostrar bastante valorizado impacta não só na formação dos preços, ma também no custo de produção, ainda de acordo com o Cepea. "A maioria das vendas do grão 15/16 ocorre com valor fixado em Real tomando-se por base o dólar futuro do período de entrega. Parte dos produtores, no entanto, ainda precisa concluir as compras de fertilizantes e defensivos para a safra que começa a ser semeada em meados de setembro. Nesses casos, têm sido fechados muitos negócios de 'barter'", informou o órgão em um material reportado nesta segunda.

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