O mercado internacional da soja vem ampliando suas altas na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (22). As posições mais negociadas, por volta de meio-dia (horário de Brasília), subiam de de 12,25 a 15,50 pontos, com o contrato novembro/15, referência para a safra americana, valendo US$ 9,52 por bushel.
O foco dos investidores se divide entre a baixa do dólar e do clima ainda adverso nos Estados Unidos, ambos fatores de alta para os futuros da soja negociadas no mercado futuro norte-americano.
No cenário internacional, o dia é de menos nervosismo no mercado financeiro, com as negociações sobre a dívida grega sinalizando uma evolução e uma oportunidade de acordo, segundo explicam especialistas. E esse quadro estimula a volta dos investidores a ativos mais arriscados, como as commodities de uma forma geral, uma vez que, com o dólar mais baixo, os produtos negociados nas bolsas americanas tornam-se mais baratos.
Por outro lado, no Brasil, o foco dos investidores se voltavam também para os números do Datafolha que mostrou uma baixa ainda maior no índice de aprovação da presidente Dilma Rousseff, que só não é pior do que o de Fernando Collor antes de seu impeachment.
Sobre o clima nos Estados Unidos, as notícias ainda são de mais chuvas intensas, pelo menos até a noite desta segunda-feira (22), depois de um final de semana bastante chuvoso. De acordo com o instituto meteorológico AccuWeather, dos Estados Unidos, nesta segunda o Centro-Oeste americano deve receber fortes e volumosas chuvas, neste que é o primeiro dia oficial do verão 2015 no país, principalmente nos estados mais ao norte do cinturão.
Além disso, o mercado ainda se prepara para receber, somente após o fechamento do pregão, o novo boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com dados sobre as condições das lavouras e, no caso da soja, especificamente, sobre a evolução dos trabalhos de campo, uma vez que o plantio da oleaginosa já está atrasado em diversos estados importantes.
"Os futuros da soja sobem ainda com a continuidade das coberturas de posições mais curtos por parte dos fundos de investimento. Quase três quartos da safra de soja receberam mais do que o dobro do normal de chuvas para esse período na última semana", explica o analista de mercado Bryce Knorr, do site internacional Farm Futures.
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