O dólar e os juros futuros operam em forte alta nos primeiros negócios desta segunda-feira, influenciados por preocupações de que ruídos dentro do próprio governo possam dificultar a aprovação de medidas de ajuste fiscal, vistas como essenciais para a recuperação da credibilidade na política econômica.
A nova rodada de tensão tomou corpo depois que declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre a presidente Dilma Rousseff vieram à tona no fim de semana. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Levy teria dito em evento em São Paulo na semana passada que a presidente Dilma demonstra um "desejo genuíno" de acertar, mas não o faz "da maneira mais fácil" e "efetiva".
A reação de mercado aos comentários de Levy ocorre na véspera da participação de Levy de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, para debater o chamado "Plano Levy" - as medidas de ajuste fiscal e os próximos passos para recuperar a economia.
Há preocupações de que o episódio seja visto como mais um obstáculo ao convencimento de parlamentares sobre a importância da correção nas contas públicas. Nesta segunda, Levy participa de evento em São Paulo, às 12h.
Às 9h32, o dólar comercial subia 1,28%, para R$ 3,2800. O dólar para abril avançava 0,92%, para R$ 3,2830, enquanto o euro tinha alta de 0,85%, para R$ 3,5580.
Entre os DIs, a taxa com vencimento em janeiro de 2016 subia a 13,680% ao ano, contra 13,579% ao ano no ajuste anterior. O DI janeiro de 2017 tinha alta a 13,660% ao ano, ante 13,529% ao ano no último ajuste. O DI janeiro de 2021 seguia para 13,250% ao ano, frente a 13,119% ao ano no ajuste de sexta-feira.
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