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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Mercado segue com movimento negativo na bolsa de Chicago.

Os preços da soja negociados na Bolsa de Chicago, mais uma vez, operam em campo negativo na manhã desta quarta-feira (19), dando continuidade ao movimento negativo registrado no fechamento de ontem. 
Como explicam os analistas e já vinha sendo esperado, o mercado continua observando a conclusão da nova safra norte-americana e a colheita já concluída em 94% da área dos EUA até o último domingo (16), segundo números do USDA, o que acaba por ser um fator de pressão para as cotações.
Além disso, os produtores norte-americanos aproveitaram os últimos rallies de preços e participaram um pouco mais da comercialização, realizando novas vendas. "Com a colheita se finalizando, os produtores estão vendendo um pouco mais. A armazenagem está ficando cada vez mais comprometida e isso também está trazendo mais alguns bushels para o mercado", diz o vice-presidente da consultoria Price Futures, de Chicago, Jack Scoville. 
Paralelamente, apesar de muitas áreas na América do Sul ainda sofrerem severamente com as condições de clima adversas e a falta de chuvas, as previsões de institutos internacionais de meteorologia, como o MDA Weather, indicando que as precipitações nos próximos 10 dias poderão contribuir para a umidade no solo e ajudar na evolução do plantio também pesa sobre os negócios. 
Apesar disso, as análises técnicas ainda mostram o mercado com um importante suporte dos US$ 10,00 por bushel, segundo explica o gestor de investimentos da SmartQuant Fundos de Investimentos, Antônio Domiciano. "O movimento de alta tem se mostrado consistente e sinaliza que uma alta mais robusta pode acontecer em meados do ano que vem (...) O produtor tem que estar atento à possibilidade da soja perder os US$ 10,00 - que é o suporte - e isso poderia motivar um novo movimento de baixa. Assim, a tendência é de alta até que o suporte dos US$ 10 seja mantido", diz o gestor", completa.  
Para Domiciano, porém, entre os meses de março e julho de 2015, os preços da soja poderiam registrar uma alta de cerca de 10%, com as cotações da soja podendo alcançar os US$ 11,80 por bushel caso o mercado tenha força para romper os US$ 10,80.

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