As exportações alemãs tiveram a maior queda em agosto desde o pico da crise financeira e importantes institutos reduziram as estimativas de crescimento, alimentando o debate sobre se a Alemanha está fazendo o suficiente para impulsionar as economias domésticas e europeia.
As exportações recuaram 5,8 por cento em agosto, informou nesta quinta-feira a Agência Federal de Estatísticas, o mais recente sinal de que a maior economia da Europa está vacilando em meio à fraqueza na zona do euro e crises no exterior que afetaram a confiança e adiaram os planos de investimentos das empresas alemãs.
"A economia parece precisar de um pequeno milagre em setembro para evitar recessão no terceiro trimestre", disse o economista do ING Carsten Brzeski.
A agência de estatísticas informou que as férias de verão em alguns Estados alemães contribuiu para a queda tanto das exportações quanto das importações, mas os números ainda indicam cenário obscuro para a Alemanha após fortes quedas nas encomendas industriais e dados de produção divulgadas nesta semana.
Horas após a divulgação dos dados de comércio, um grupo de importantes institutos econômicos juntou-se ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e reduziu as projeções para o crescimento alemão. Eles agora preveem expansão de 1,3 por cento neste ano e de 1,2 por cento no próximo, contra 1,9 e 2,0 por cento anteriormente.
Os dados sobre a balança comercial alemã mostraram ainda que as importações ajustadas sazonalmente caíram 1,3 por cento no mês, contra expectativa em pesquisa da Reuters de aumento de 1,0 por cento. O superávit comercial da Alemanha atingiu 17,5 bilhões de euros, contra 22,2 bilhões de euros em julho.
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