A safra 2014/2015 da soja chegou a 10% do estimado para até o final da ultima semana no Brasil, este é o índice mais baixo de plantio desde a mesma época da safra 2008/2009. As informações são da consultoria especializada da AgRural.
Na comparação com a semana anterior, o avanço foi de apenas 3 pontos percentuais, o principal motivo é a falta de chuva nas áreas produtoras, principalmente no Mato Grosso.
O plantio da soja está lento, cerca de 9 pontos percentuais em comparação a mesma época de 2013. Quando se compara com a média de cinco anos no período, a diferença é de 10 pontos.
Produtores aguardam perdas, principalmente no replantio que não germinaram por conta da seca.
“Há relatos de necessidade de replantio em diversas regiões, mas os produtores dizem que só saberão o tamanho da área a replantar quando as chuvas retornarem, o que deve acontecer de forma mais regular somente na última semana de outubro”, afirmou a AgRural.
A previsão de safra recorde não foi alterada, para especialistas, ainda há tempo para recuperar os atrasos da semeadura sem afetar a produtividade.
Estima-se que a safra de soja do Brasil, que deve ser colhida no inicio de 2015, atinja 93,9 milhões de toneladas em condições normais de clima.
A AgRural conta que, “além do peso extra do replantio no bolso do produtor, cujas margens já estão apertadas devido à queda dos preços da soja”, o atraso na semeadura causa outros dois problemas.
“Um é o estreitamento da janela de plantio da safrinha (segunda safra) e o consequente aumento de seu risco climático, que já têm resultado em melhora das cotações e do volume de negócios no mercado brasileiro de milho. O outro é o alongamento da entressafra da soja, já que praticamente não haverá áreas prontas para colher em janeiro…”
O maior produtor de soja do Brasil, Mato Grosso, pode terminar janeiro com cerca de 5% de sua área colhida, número abaixo da média de cinco anos, que é de 14%.
“Como também há atraso em outros Estados, o Brasil encerraria o mês (janeiro/15) com cerca de 2 por cento de sua área colhida, contra 6 por cento na média de cinco anos.”
As negociações do grão para entrega em janeiro foram interrompidas pela falta de chuva no Centro-Oeste, que sempre é um período de grande demanda.
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