Os novos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ontem ainda são refletidos pelo mercado internacional da soja nesta terça-feira (1), principalmente nos vencimentos mais distantes, referentes à nova safra norte-americana. Depois de operar com ligeira queda na manhã de hoje, as posições mais distantes vêm ampliando suas perdas e, por volta das 10h (horário de Brasília), as perdas eram superiores a 13 pontos. O contrato setembro era negociado a US$ 11,80 por bushel, e o novembro, referência para a safra dos EUA, a US$ 11,43. O número de contratos negociados neste último contrato, no mesmo horário, era de pouco mais de 28 mil, enquanto na manhã de ontem, antes da divulgação dos novos dados do USDA passava de 300 mil.
O órgão norte-americano apontou estoques trimestrais em 1º de junho nos EUA em mais de 11 milhões de toneladas, ficando bem acima das expectativas do mercado que variavam entre 10,4 e 10,6 milhões de toneladas. Paralelamente, estimou para a safra 2014/15 uma área superior a 34 milhões de hectares, o que poderia resultar em uma safra de mais de 100 milhões de toneladas, caso as condições climáticas se mantenham bastante favoráveis.
Ainda ontem, depois do fechamento do mercado, o USDA reportou em seu novo boletim de acompanhamento de safras que 72% das lavouras de soja estão em boas ou excelentes condições, 90% já emergiram e 10% já floresceram. Os números vieram em linha ou ligeiramente acima da média registrada nos últimos cinco anos.
"O mercado está olhando agora para as condições da safra dos Estados Unidos, que são muito boas nesse momento, e começou a construir grandes expectativas para a nova temporada", disse o analista internacional Paul Deane à agência de notícias Bloomberg.
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