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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dólar abre em alta e renova máximas após dados internos


SÃO PAULO - No mercado de câmbio, os indicadores fracos da economia aqui e na Europa pesaram na abertura e já davam força ao dólar. Internamente, além da queda de 0,5% no varejo em março ante fevereiro e de 1,1% em relação a março de 2013, pesou a desaceleração do IGP-10. A inflação de maio subiu 0,13% após alta de 1,19% em abril, segundo informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado anunciado nesta quinta-feira, 15, ficou dentro das projeções dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma taxa de 0,01% a 0,38%, com mediana de 0,29%.
A fraqueza da economia doméstica reforça a perspectiva de interrupção na alta da Selic e isso enfraquece expectativas de entradas de recursos. Mais cedo, o dólar à vista bateu máxima de R$ 2,215 e, há pouco, era cotado a R$ 2,213, com valorização de 0,27%.
No exterior, os destaques anteriores aos dados dos EUA foram os resultados frágeis da produção industrial e da inflação ao consumidor na zona do euro, que aumentam as possibilidades de o Banco Central Europeu adotar medidas de estímulo à economia no seu encontro de junho, como sinalizou o presidente da instituição, Mário Draghi. Isso tira força do euro e das principais divisas de emergentes e ligadas a commodities em relação ao dólar norte-americana nesta manhã.
Nos EUA, a inflação do consumidor de abril ficou em 0,3%, em linha com o esperado. A taxa anual é de 2%, que é a meta de inflação de longo prazo do Federal Reserve. Já o indicador de atividade Empire State explodiu, atingindo 19,01 em maio, comparado a expectativa de 5,0. Esses indicadores reforçaram imediatamente a expectativa de que o Fed poderia ser obrigado a subir juro antes do previsto e mexeram com todos os mercados. As taxas de juros dos Treasuries, que ontem bateram mínimas em seis meses, subiram e bateram máximas, apesar de terem voltado a cair pouco depois. O dólar ganhou força ante todas as moedas.
A Bolsa deve abrir realizando ganhos de ontem, mas a tendência de alta pode ser retomada a qualquer instante, à medida em que houver entrada de dinheiro estrangeiro, como tem ocorrido nos últimos pregões. 
Cristina Canas, da Agência Estado

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