Após uma verdadeira ofensiva do governo ter concentrado praticamente toda a atenção do investidor local nesta terça-feira, 18, com entrevistas à imprensa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na tentativa mais uma vez de remover o pessimismo que permeia a economia brasileira, o mercado doméstico volta hoje a ficar dividido entre as notícias domésticas e a cena internacional.
Por aqui, cresce a expectativa pelo anúncio da meta para o superávit primário deste ano, cuja indefinição ganhou novos contornos ontem, depois de o ministro da Fazenda cancelar sua a ida à reunião do G-20 para seguir nas discussões com a junta orçamentária, da qual faz parte a presidente da República, Dilma Rousseff, a partir das 9h30 de hoje. No exterior, o mau humor com as nações emergentes voltou em meio à preocupações com a China e antes da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve, às 16 horas.
Nesse cenário de incertezas, o dólar abriu o dia em alta de 0,46%, a R$ 2,4040, passando à máxima, na sequência, de R$ 2,4100 (+0,71%) às 9h41. No futuro, o contrato para março também subia, 0,54%, a R$ 2,4170. O desempenho seque a nova rodada de depreciação das principais moedas de países emergentes ocidentais ante o dólar no exterior. O yuan caiu em relação ao dólar norte-americano sob o impacto da piora das expectativas das empresas na China e uma intervenção mais forte do banco central do país no câmbio para depreciar a moeda. O índice de sentimento das empresas recuou à mínima de 5 anos em fevereiro, para 50,2. Há pouco, o euro renovava a mínima ante o dólar, a US$ 1,3743.
Pesam ainda os dois leilões de swap cambial do Banco Central às 9h30 (de até US$ 200 milhões) e às 11h30 (de rolagem de até US$ 525 milhões) e ainda o leilão de venda de Notas do Tesouro Nacional - Série A3 (NTN-A3) de até US$ 212 milhões, que a Cetip realiza entre 10 horas e 11 horas. Eles podem trazer alívio pontual ao câmbio. Há espaço também para realização de lucros.
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