O dólar abriu em alta ante o real nesta quinta-feira, 9, impulsionado por diversos fatores. O principal deles é a ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada no fim da tarde de quarta-feira, 8, na qual a autoridade monetária sugere que a redução nos estímulos deve continuar no próximo mês. Além disso, dados negativos sobre a China revelados nesta madrugada afetam as moedas emergentes como um todo.
A ata do Fed foi divulgada ontem quando o mercado de câmbio à vista já estava fechado, mas o dólar futuro - que continuava operando - acentuou seus ganhos, o que deve provocar uma correção do spot hoje, em alta. Outro fator que ainda impulsiona o dólar são os dados sobre o fluxo cambial no final de 2013, também revelados ontem. O fluxo ficou negativo em US$ 8,780 bilhões em dezembro, a maior saída mensal desde setembro de 1998. No resultado final de 2013, o saldo ficou negativo US$ 12,261 bilhões, o pior desde 2002.
Por volta das 9h25, o dólar à vista no balcão subia 0,50%, a R$ 2,4020. No mercado futuro, o dólar para fevereiro avançava menos, com alta de 0,04%, a R$ 2,4125. A valorização da divisa norte-americana ajuda a impulsionar os juros futuros, em um dia sem grandes indicadores na agenda doméstica.
Segundo operadores ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apesar dos fatores que impulsionam o dólar pode haver espaço para um movimento pontual de realização de lucros. Além disso, o leilão de swap cambial tradicional no começo da sessão deve amenizar a fraca liquidez e até trazer alívio à cotação da moeda. Como previsto nessa nova fase do programa de intervenções diárias no câmbio, a oferta será de até 4 mil contratos (US$ 200 milhões) com vencimento em 2 de maio. O resultado estará disponível a partir das 9h50.
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