Com a divulgação do relatório de oferta e demanda pelo USDA(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira (10), o mercado internacional de grãos trabalha tentando manter sua estabilidade, sem exibir movimentos muito expressivos. Por volta das 8h (horário de Brasília), os futuros da soja, do milho e do trigo operavam em campo misto na Bolsa de Chicago, sem apresentar uma direção definida.
Nesse boletim de dezembro, segundo analistas, as expectativas maiores são para os números referentes à demanda do que à oferta. Os dados para os estoques, tanto norte-americanos quanto mundiais, também deverão ser observados com atenção.
Para a soja, as projeções do mercado são de que os estoques dos EUA fiquem entre 4,16 milhões de toneladas (153 milhões de bushels) e 4,19 milhões (154 milhões de bushels). Em novembro, esse número era de 4,63 milhões de toneladas (170 milhões de bushels). E na safra 2013/14, nessa mesma época, era de 141 mi bu. Já para os estoques globais de passagem há uma perspectiva de aumento de 70,2 milhões para algo entre 71,1 e 71,6 milhões de toneladas. No ano comercial anterior, o volume nessa época era de 60,1 milhões de toneladas.
O mercado acredita ainda que a projeção para a safra brasileira 2013/14 deva subir para 88,7 milhões de toneladas, contra as 88 milhões estimadas em novembro pelo departamento. O aumento previsto para a produção da Argentina é ainda mais expressivo e deverá passar de 53,5 milhões para 55,3 milhões de toneladas.
No caso do milho, o mercado também aposta em um recuo nos estoques finais de passagem dos Estados Unidos. O volume deverá cair de 47,93 milhões de toneladas (1,887 bilhão de bushels) para 47,27 milhões (1,861 bilhão de bushels). Ainda assim, os números são bem maiores do que os registrados no mesmo período do ano passado, quando os estoques somavam 20,93 milhões de toneladas (824 milhões de bushels) apenas, após uma das mais severas estiagens registradas no país.
As expectativas do mercado para os estoques mundiais de milho também indicam uma diminuição. As reservas deverão passar de 164,33 milhões para 163,3 milhões de toneladas.
Sobre a safra da América do Sul, ao contrário da soja, as expectativas são de que o haja uma redução na safra da Argentina de 26 milhões para 25,583 milhões de toneladas. Entretanto, a colheita brasileira poderia registrar um aumento, passando de 70 milhões para 70,392 milhões de toneladas.
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