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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Soja tem forte queda com rumores de cancelamentos de compras da China

mercado da soja voltou a recuar expressivamente na tarde desta quarta-feira (12) na Bolsa de Chicago. Por volta das 14h40 (horário de Brasília), os principais vencimentos perdiam entre 17,75 e 21 pontos. 
Segundo Stefan Tomkiw, analista de mercado da Jefferies Corretora, os rumores de que a China poderia cancelar compras de soja feitas nos Estados Unidos estão reforçados e pesam severamente sobre os preços. Além disso, dada a proximidade do final do ano, um resfriamento natural da demanda também atua como uma fator de pressão para os preços. Compondo o quadro negativo, as exportações baixas de farelo e óleo de soja e um dólar mais forte. 
Entretanto, Tomkiw acredita que esse movimento de baixa não deva se estender e nem deva ser muito expressivo em função do quadro de fundamentos que permanece positivo. Além disso, ainda há no mercado a necessidade de um racionamento de produto por meio de preços mais altos.
Os bons números das exportações semanais de soja dos Estados Unidos aliviaram o movimento de realização de lucros registrado pelo mercado mais cedo nesta quinta-feira (12) na Bolsa de Chicago. As vendas norte-americanas somaram 1.108,6 milhão de toneladas, ficaram acima do esperado - entre 500 mil e 1 milhão de toneladas - e exibiram um aumento de 38%, segundo o boletim de registro de exportações divulgado hoje pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Os números, segundo analistas, confirmam a manutenção do ritmo da demanda mundial muito aquecida pelo produto dos EUA, origem que é praticamente a única com soja disponível nesse momento. E essa demanda se mostra bastante agressiva com os estoques norte-americanos em níveis críticos. Ainda de acordo com números do USDA, os estoques finais do USDA deverão ser de 4,08 milhões de toneladas, enquanto em novembro eram projetados em 4,63 milhões. 
Com as vendas de hoje, o volume de soja dos Estados Unidos já comprometido passa a ser de 38,7 milhões de tonelada de um total de 40,14 milhões a ser exportado até o final da safra 2013/14, em agosto do ano que vem. Assim, restam apenas 2,07 milhões de toneladas para serem comercializados pelos produtores norte-americanos. Entretanto, analistas acreditam que importadores, como a China, por exemplo, poderiam cancelar algumas de suas compras para adquirir a oleaginosa a preços possivelmente mais baratos na América do Sul com a chegada nova safra principalmente do Brasil, Argentina e Paraguai. 
E são essas projeções que indicam uma colheita sulamericana recorde que, nesse momento, limitam o potencial de alta dos preços na Bolsa de Chicago. Apesar de ainda haver muita incerteza sobre os reais resultados da safra, as boas condições em que se desenvolvem as lavouras têm sido observadas pelos investidores, que já apostam em uma grande oferta mais adiante. 
Entretanto, analistas afirmam que para a formação dos preços na Bolsa de Chicago, a ajustada relação americana entre oferta x consumo deverá prevalecer e continuar oferecendo sustentação aos preços. Diante dessas duas frentes, o mercado, portanto, se mantém volátil e oscilando, quase que diariamente, entre os lados positivo e negativo da tabela. 

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