Os preços da soja apresentam um ligeiro recuo na Bolsa de Chicago nesta segunda-feira (25). O mercado passa por uma correção técnica, depois do expressivo avanço da última sexta-feira (22), quando o mercado subiu mais de 20 pontos e importantes vencimentos recuperaram o patamar dos US$ 13 por bushel. Também na CBOT, o mercado do farelo de soja opera com pequenas baixas, e o óleo em campo misto.
Ao mesmo tempo e, apesar dos fundamentos ainda bastante positivos, o mercado passa a observar também a safra da América do Sul. A semana começa com boas previsões climáticas tanto para o Brasil quanto para a Argentina e isso também exerce alguma pressão sobre as cotações, segundo explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
"Basicamente, essa correção se dá em função dos olhos do mercado voltados para a América do Sul e as condições de clima nesse começo de semana são favoráveis para o Brasil, Argentina e Paraguai e isso faz com que os investidores buscassem os lucros, fazendo o mercado recuar um pouco", disse.
Com esse cenário climático, as primeiras perspectivas são de que a safra sulamericana seja recorde nessa temporada. Porém, esses números ainda não têm força para alterar o quadro de fundamentos que ainda indicam uma demanda extremamente forte diante de estoques podendo chegar a níveis críticos.
"Esse é um momento muito interessante para os chineses melhorarem suas condições de estoques, aumentando seus volumes estratégicos, justamente para dar condições de implementar toda a nova economia chinesa que visa trazer parte da população que está nos campos para a cidade, melhorando as condições dessas pessoas", explica Brandalizze, que completa que a demanda chinesa por soja dá sinais de um potencial crescimento, o que acaba "compensando" o aumento na produção mundial da oleaginosa.
Além disso, o consultor acredita ainda que os recuos que são apresentados pelo mercado estimulam a volta dos chineses às compras, aproveitando preços um pouco menores, justamente, para garantir seus estoques.
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