O mercado internacional da soja consegue manter o seu fôlego e estende os ganhos registrados ontem, operando com boas altas nesta sexta-feira (22) na Bolsa de Chicago. "Essa foi uma semana positiva para a soja e o destaque continua sendo o bom ritmo das exportações norte-americanas", explica o economista Camilo Motter, da Granoeste Corretora. Assim, o vencimento janeiro/14, recupera o patamar dos US$ 13 por bushel.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe números das exportações semanais que superaram as expectativas do mercado e estimularam o mercado há tomar uma direção mais definido. Além disso, já reporta também que dos 39,5 milhões de toneladas projetados para exportação já há 35,4 milhões comprometidos.
Esse quadro, segundo analistas, intensifica as estimativas de que os estoques norte-americanos poderiam ser ainda menores do que as atuais projeções - na casa de 4 milhões de toneladas - podendo ficar mais apertados ainda do que no ano passado, quando os Estados Unidos sofreram uma quebra de safra em função de problemas climáticos.
"Os estoques americanos já podemos dizer, com certeza, que vão continuar muito baixos, chegando a um nível crítico, e isso é uma bela base de sustentação para os preços mesmo que tenhamos uma safra recorde na América do Sul. Isso estabelece um suporte para o mercado, já que os Estados Unidos são o grande centro formador de preços. Para gerar um conforto, os estoques deveriam ficar na casa de 6 milhões de toneladas e esse conforto, por hora, não deve ser visto", afirma Motter.
Além da demanda, há ainda, segundo o economista, o temor do mercado de que importantes países produtores passem por novos problemas climáticos, já que por três anos foram registrados essas adversidades na produção mundial de soja. "Esse elemento psicológico trouxe uma corrida maior para compras, por isso estamos vendo uma demanda tão acentuada".
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