O mercado
internacional de grãos busca encontrar um direcionamento na sessão desta
quinta-feira (11) na Bolsa de Chicago. Segundo analistas, o impacto dos números
divulgados ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) não
foi tão expressivo e já começa a ser "esquecido" pelos
investidores.
"O
mercado está precisando encontrar um caminho, olhando mais para o lado positivo
do que negativo. Os números do USDA frustraram todo o mercado já que não
reflete a realidade dos principais países produtores", explica Vlamir
Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Frente a
isso, os investidores voltam-se novamente aos fundamentos, que seguem indicando
uma oferta restrita diante de uma demanda ajustada, e começa a a atentar-se
cada vez mais às informações sobre a nova safra dos Estados Unidos.
"O
clima nos Estados Unidos ainda está indefinido. O inverno foi muito longo,
continua muito frio ainda nas principais regiões produtoras dos EUA e isso vai
atrasar um pouco o plantio do milho, o que deverá atrasar todo o processo dos
produtores norte-americanos, o que já começa a ser observado pelo
mercado", afirma Brandalizze.
O
consultor afirma que o cenário é o mesmo tanto para o milho quanto para a soja,
uma vez que ambos os mercados esperam novidades sobre a produção dos EUA e, à
espera dessas notícias, acaba operando de forma técnica, tentando focar
essencialmente os fundamentos de oferta e demanda.
"No
caso do milho, se o mercado fosse seguir a risca os números que o USDA mostrou
os preços teriam registrado uma forte baixa", completa.
Nesse
cenário, a orientação de Brandalizze é de que os produtores brasileiros operem
com cautela, haja vista que os preços recuaram expressivamente nos últimos dias
e, ainda segundo o consultor, poderiam exibir alguma recuperação nas próximas
semanas.
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