O mercado de câmbio doméstico começa a semana e o mês de abril, nesta segunda-feira, atento à volatilidade do dólar no exterior e à discussão interna sobre o rumo da política monetária e do próprio câmbio. Após encerrar março a R$ 2,0220 (+0,70%) no balcão, com valorização mensal de 2,33%, o dólar à vista abriu esta segunda-feira com leve queda, a R$ 2,020 (-0,10%).
No mercado futuro, o contrato da moeda para vencimento em 1º de maio começou a ser negociado a R$ 2,0270 (-0,20%) e, até 9h16, atingiu uma máxima de R$ 2,0315 (+0,02%). Na quinta-feira passada, esse vencimento de dólar terminou a R$ 2,0310 (+0,52%).
A leve queda da moeda ante o real na abertura está em sintonia com o desempenho da divisa dos EUA no exterior. Ao longo do dia, a tendência é de a moeda exibir uma volatilidade estreita, uma vez que o feriado prolongado na Europa pode reduzir um pouco a liquidez nos mercados. "O dólar tende a oscilar perto da estabilidade. É preciso um fato novo negativo para a moeda busca patamares mais altos", disse um operador de câmbio um banco.
Na semana passada, em meio a uma tensa discussão sobre o rumo da inflação e da política monetária brasileira, os agentes de câmbio testaram o Banco Central, puxando o dólar para perto de R$ 2,03. Quando o dólar atingiu o patamar de R$ 2,0280 no balcão, o Banco Central interveio com um leilão de swap cambial - sinalizando que este nível pode ser um novo teto informal de preço.
A alta do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) para +0,72% em março, ante 0,33% em fevereiro, divulgada nesta segunda-feira pode sustentar certa cautela dos investidores com a inflação doméstica. Já nos Estados Unidos, saem os índices ISM e Markit sobre a indústria, ambos referentes ao mês passado. Também nesta segunda-feira, serão conhecidos os números da balança comercial brasileira nos três primeiros meses do ano. Na Pesquisa Focus, do Banco Central, as projeções dos investidores para o câmbio seguiram em R$ 2,00 para o fim de 2013 e em R$ 2,05 para o fim de 2014.
A agenda semanal também prevê outros importantes indicadores internos e externos, que também irão direcionar os investidores. Na terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa o resultado de fevereiro da produção industrial. Já na zona do euro será anunciado o índice de atividade (gerentes de compras) do bloco econômico em março, juntamente com a taxa de desemprego na região no período. Outros destaques do calendário serão as reuniões de política monetária dos bancos centrais da Inglaterra (BoE), zona do euro (BCE) e do Japão (BoJ), na quinta-feira, e os números oficiais do mercado de trabalho nos EUA (payroll), na sexta-feira.
Em Nova York, às 9h19, o euro estava em US$ 1,2803, de US$ 1,2820 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar recuava a 93,77 ienes, de 94,25 ienes na sexta-feira. A moeda norte-americana tinha leve queda ante o dólar canadense (-0,07%) e o peso mexicano (-0,06%) e ligeira alta ante o peso chileno (+0,16%) e a
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