Depois de uma sessão de intensa volatilidade, a soja conseguiu
fechar os negócios desta quarta-feira (17) em alta na Bolsa de Chicago. O
cenário para os preços se repete, com os vencimentos de mais curto
prazo registrando ganhos mais expressivos e os mais distantes, altas menos expressivas.
Segundo
analistas, duas forças atuam sobre o mercado no presente momento: os
fatores que competem à temporada 2012/13 e outro que referem-se à safra
nova dos Estados Unidos. Além disso, mesmo que não tão
significativamente, o mercado sente ainda uma influência do mercado
financeiro, o qual provocou uma queda generalizada no mercado de
commodities na última segunda-feira (15).
Sobre
a atual temporada, o que impera é o quadro de fundamentos. Apesar de a
situação já ser conhecida pelo mercado, a atual oferta muito apertada e a
demanda global pela soja ainda muito aquecida dá sustentação aos preços
na Bolsa de Chicago. O vencimento maio/13 se mantém acima dos US$ 14
por bushel e a tendência para as cotações é de que, pelo menos no curto
prazo, é de que se mantenham firmes.
Para o
analista de mercado Steve Cachia, da Cerealpar, o movimento do mercado
na sessão desta quarta é normal e só reflete o momento atual. "Nos
contratos da safra velha, a demanda forte e os estoques apertados de
soja nos Estados Unidos dão sustentação aos preços".
Por
outro lado, as boas expectativas para a nova safra de soja
nortea-americana pressionam as cotações ou limitam seu potencial de
alta. Ainda de acordo com o analista, neste momento - em que as
informações sobre a temporada 2013/14 ainda são preliminares - a
tendência para o milho é baixista e, para a soja, altista.
Isso
se dá com o atraso que já começa a ser registrado no plantio do milho
nos EUA em função de condições climáticas não favoráveis, o que poderia
estimular uma troca para o cultivo da soja por parte dos produtores. Na
segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)
divulgou seu primeiro relatório de acompanhamento da safra 2013
afirmando que, até o último dia 14, cerca de 2% da área já havia sido
semeada com o cereal, enquanto no ano passado, nesse mesmo período, o
índice era de 16%.
Esse atraso é resultado de um inverno mais longo e de um clima bastante frio no país. As previsões
indicam para esta semana fortes chuvas e baixas temperaturas no
Meio-Oeste norte-americano, onde se localiza o Cinturão do Milho -
principal região produtora do país, o que poderia atrasar ainda mais a
semeadura do milho.
"Se o plantio atrasar mais, na minha opinião, o produtor poderá ser forçado a trocar o milho por outra cultura, e o mais provável é de que seja pela soja", explicou Cachia.
O
quadro, portanto, confirma as expectativas do analista, uma vez que, em
função desse atraso, os vencimentos referentes à safra nova do mercado
do milho fecharam a sessão desta quarta-feira em alta na Bolsa de
Chicago, enquanto os de mais curto prazo terminaram do lado negativo da
tabela. "Por isso um mercado está operando ao contrário do outro",
afirmou o analista referindo-se aos futuros da soja e do milho.
FECHAMENTO EM 17/04/2013
Mês Pontos Bushel
Mês Pontos Bushel
L. do Rio Verde: R$ 9,80
Rondonópolis: R$ 13,00
Alto Garças: R$ 16,00
Sorriso: R$ 9,80
Itiquira: R$ 14,00
FECHAMENTO EM 17/04/2013
Dólar R$ 1,9984(0,3770)
Mínima R$1,9850
Máxima R$ 2,0044
FECHAMENTO BOLSA DE CHICAGO PARA SOJA:Máxima R$ 2,0044
Mês Pontos Bushel
MAY13 (+9,4) 14,21
JUL13 (+3,6) 13,79
AUG13(+3,4) 13,31
FECHAMENTO BOLSA DE CHICAGO PARA MILHO:
Mês Pontos Bushel
MAY13 (-4,2) 6,59
JUL13 (-0,6) 6,40
SET13 (+6,4) 5,72
FECHAMENTO DOS PREÇOS DE SOJA EM:
L. do Rio Verde: R$ 42,00
Rondonópolis: R$ 47,00
Alto Garça: R$ 49,00
Sorriso: R$ 43,50
Itiquira: R$ 50,00
FECHAMENTO DOS PREÇOS DE MILHO EM:
L. do Rio Verde: R$ 42,00
Rondonópolis: R$ 47,00
Alto Garça: R$ 49,00
Sorriso: R$ 43,50
Itiquira: R$ 50,00
FECHAMENTO DOS PREÇOS DE MILHO EM:
L. do Rio Verde: R$ 9,80
Rondonópolis: R$ 13,00
Alto Garças: R$ 16,00
Sorriso: R$ 9,80
Itiquira: R$ 14,00
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