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terça-feira, 5 de março de 2013

CBOT: Com logística ineficiente no Brasil, soja volta a operar acima de US$15/bushel


Após encerrar a sessão anterior com altas de dois dígitos, os futuros da soja operam do lado positivo da tabela nesta terça-feira (5). Por volta das 12h30 (horário de Brasília) as principais posições negociadas na Bolsa de Chicago registravam ganhos de dois dígitos. O contrato março/13 conseguiu ultrapassar o patamar de resistência de US$ 15/bushel.

Segundo o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, os problemas logísticos têm exercido pressão positiva nos preços em Chicago.  E a ausência de produto brasileiro no mercado internacional influencia positivamente as cotações futuras, mas por outro lado  pressiona para baixo os preços pagos aos produtores.

“No Brasil, temos prêmios negativos para embarques imediatos. Temos um mercado interno na contramão, que acaba sendo prejudicado, embora visivelmente temos uma elevação nos preços lá fora”, explica Motter.

O economista destaca que a fila de navios nos portos esperando para carregar chega há 50 dias. Além disso, nos embarques, o grão ainda compete com o milho e o farelo de soja, o que dificulta o escoamento da produção de soja brasileira. Diante desse cenário, muitos países importadores, principalmente, a China, têm preferido comprar o grão nos EUA, que possui estoques ajustados, para se protegerem dos atrasos nos embarques pelos portos do país. 

As exportações norte-americanas permanecem em ritmo acelerado nessa temporada. O economista sinaliza que o país, já exportou até o momento 31.2 milhões de toneladas contra 24.7 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado. 

“Por outro lado, apesar desse quadro os preços futuros estão confinados em um patamar entre US$ 14/bushel, patamar que sugere aos investidores mais compras e US$ 15/bushel que está sendo entendido como um nível de venda. E a questão logística passa a ser nesse momento, o centro de formação de preços antes era o clima e nas próximas semanas o mercado deve começar a observar o plantio nos EUA”, acredita o economista.

Além disso, na sexta-feira (8) será divulgado o relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A expectativa do mercado, é que o departamento norte-americano reduza os estoques de soja do país. 

“Tudo indica que haja também uma redução na projeção da safra argentina, em função dos problemas climáticos, e o número da safra brasileira deve ser mantido. Depois disso, o mercado voltar às atenções para o clima nos EUA se será favorável para a produção de grãos, pois caso se concretize uma safra recorde, os preços futuros devem ficar pressionados no segundo semestre”, diz o economista.
Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio

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