SÃO PAULO - O presidente do Banco
Central, Alexandre Tombini, fez um discurso em defesa do regime cambial
brasileiro e defendeu que a evolução do real nos últimos meses é comparável com
outras moedas internacionais. Apesar do discurso de que nada de diferente
acontece com a moeda brasileira, ele voltou a falar em "instrumentos
contra choques para usar em várias situações". "Podemos dar liquidez
ao mercado", disse e citou como exemplo o mercado de câmbio futuro. Nesse
segmento, o BC voltou a atuar ontem e segurou as cotações do dólar acima de
R$ 1,95.
Às 14h30, a moeda americana é negociada a R$
1,9620, em alta de 0,20% em relação ao fechamento de ontem. Até este horário,
não houve intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.
Em evento na capital polonesa, o presidente do
Banco Central ainda rechaçou as críticas do mercado de que o câmbio não é
flutuante no Brasil. "O câmbio no Brasil é flutuante. É flutuante
sim". Ao apresentar um quadro com a evolução da volatilidade do real,
Tombini argumentou que o que aconteceu com o real nos últimos meses é bem
parecido com o visto com o peso mexicano, o rublo russo e o dólar australiano.
Choques externos
Ele reiterou que a política de câmbio no
Brasil constitui a primeira linha de defesa do governo brasileiro contra
choques internos e externos. Segundo o presidente do BC, as reservas
internacionais (US$ 375,5 bilhões, dados de ontem) propiciam uma situação
confortável para o Brasil e os estímulos monetários já adotados vão ajudar na
recuperação da economia. Tombini destacou ainda que a confiança e o menor nível
de estoques ajudarão no crescimento industrial.
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