No início desta sexta-feira (15), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam do lado positivo da tabela. As cotações da oleaginosa esboçam uma recuperação, após encerrar a sessão anterior com perdas entre 5,00 e 6,25 pontos. Por volta das 16h05 (horário de Brasília) os principais vencimentos trabalhavam com mais de 3 pontos de alta.
Segundo o analista de mercado da Novo Rumo Corretora, Mário Mariano, o mercado registra um movimento técnico e por isso, as cotações futuras ensaiam uma recuperação. O analista ainda sinaliza que a realização de lucros se faz necessária nesta sexta-feira, uma vez que não haverá pregão em Chicago na próxima segunda-feira em função do feriado do Dia do Presidente, comemorado na terceira semana do mês de fevereiro.
O analista ainda explica que essa correção técnica não cria uma tendência. “E temos que considerar que os fatores negativos estão presentes no mercado. Ao longo dos últimos dias mais de 600 mil contratos em todas as commodities agrícolas foram liquidados”, afirma.
Um dos fatores que exercem influência no mercado são as previsões climáticas para a Argentina que indicam chuvas ou umidade maior nos próximos dias e exercem pressão negativa nos preços futuros, conforme relata Mariano. A expectativa é que com o retorno das precipitações as lavouras do país apresentem uma melhora. Da mesma forma que, as chuvas também trouxeram alívio para as plantações no Sul do Brasil.
Além disso, as exportações semanais dos Estados Unidos reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgadas ontem (14), contribuem para pressionar negativamente os preços em Chicago. Segundo analistas, os números vieram abaixo da expectativa do mercado. De acordo com o órgão, as exportações totalizaram 109.200 mil toneladas na semana que terminou no dia 07 de fevereiro. Na semana anterior, o volume havia sido de 896.2 mil toneladas. Entretanto, é preciso salientar que os chineses estão fora do mercado essa semana devido ao feriado de Ano Novo no país.
Por outro lado, também há o cenário macroeconômico que não tem apresentado noticias favoráveis para o mercado de commodities agrícolas. De acordo com Mariano, ontem, foram divulgadas informações de que alguns países da Zona do Euro não estariam conseguindo aumentar o PIB.
“E por essa questão os fundos estariam entendendo que não haveria interesse de demanda por países que não conseguem crescer economicamente. E os fundos estão saindo do mercado de agrícolas, então aparentemente a percepção é que não estão mais olhando a evolução de risco nesse mercado e, portanto, é melhor tirar o time de campo, e não haverá muita alavancagem”, acredita o analista.
Fonte: Notícias Agrícolas // Fernanda Custódio
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