O mercado internacional de grãos caminha de lado nesta sexta-feira (18), movimento típico de final da semana e frente a um feriado nos Estados Unidos na próxima segunda-feira, 21 de janeiro. Os futuros da soja, do milho e do trigo já operaram em alta no pregão de hoje, porém, por volta das 15h (horário de Brasília), a soja já se mostrava do lado negativo da tabela, o milho próximo da estabilidade e o trigo em território misto.
A semana termina com muitos fatores influenciando o mercado, alguns de forma positiva, outros de forma negativa, o que traz volatilidade aos negócios, ainda mais diante de fim de semana prolongado. "Temos os problemas climáticos na Argentina, as expectativas para uma boa safra brasileira e a demanda da China aparecendo, tudo isso impactando o mercado de uma certa forma", conforme explicou Daniel D'Ávilla, analista de mercado da New Edge Corretora, direto de Nova York.
As cotações, durante essa semana, foram influenciadas ainda pela entrada dos fundos de investimento no mercado. O movimento estimulou a alta dos preços, porém, se deparam com patamares de resistência no mercado - na casa dos US$ 14,40, como afirmou D'ávilla - e acabaram iniciando movimentos de realização de lucros. "Neste cenário, a tendência é de o mercado apresentar muita volatilidade, mas sem mudar muita coisa", diz.
Para o analista, o mercado poderia romper essa resistência diante da continuidade da demanda chinesa por soja e de mais compras por parte dos fundos de investimento. Até agora, os Estados Unidos já exportaram 90% do volume estimado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para as vendas e ainda poderão precisar até mesmo importar soja.
"Nós sabemos que o Brasil entrará com muita soja, mas também terá problemas de logística, e a Argentina, que teria uma safra cheia, já começa a apresentar problemas. A tendência é de que nós possamos ver os preços recuando quando o Brasil entrar com sua oferta, mas de acordo com a velocidade de exportação esses preços podem voltar a subir novamente", alerta D'Ávilla.
Na semana passada, duas das vendas de soja reportadas pelo USDA indicaram a opção dos exportadores norte-americanos têm a opção de vender soja para a China de outra origem, podendo ser o Brasil ou a Argentina.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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