A Oil World mais uma vez reduziu suas estimativas para a safra de soja da Argentina e do Brasil. Juntas, a safra dos dois países deverão apresentar uma baixa de 3 milhões de toneladas, de acordo com a consultoria. Essa diminuição se daria em função das condições climáticas desfavoráveis em regiões produtoras importantes de ambos os países.
Com isso, a projeção para a colheita da Argentina passou a 54 milhões de toneladas, contra as 56 milhões estimadas em outubro. Já para o Brasil, o estimado é que sejam colhidas 81 milhões de toneladas. No mês anterior, o estimado era de um volume de 82 milhões de toneladas.
Apesar dessas expectativas de menores safras, os números ainda ficam bem acima dos registrados na safra 2011/12. Na temporada anterior, os produtores brasileiros produziram 66,8 milhões de toneladas e os argentinos, 40,5 milhões.
A nova safra da América do Sul é aguardada com ansiedade pelo mercado, já que a produção norte-americana foi severamente atingida por uma das piores secas da história dos Estados Unidos. O que se espera é que a soja sulamericana seja capaz de aliviar os estoques mundiais no próximo ano, os quais já são historicamente baixos.
Por conta dessas perdas, em setembro deste ano os preços da oleaginosa no mercado internacional atingiram os maiores preços ede todos os tempos em Chicago. No entanto, na última semana as cotações desceram ao menor nível em cinco meses depois de informações de que a produção nos EUA seria maior do que o esperado.
Frente a isso, a Oil World acredita ainda que os Estados Unidos possam satisfazer uma parcela um pouco maior da demanda mundial, haja vista que a sua produção será maior do que mostravam as estimativas anteriores.
Farelo de Soja - A Oil World reduziu também suas estimativas para a os estoques finais de farelo de soja, que podem cair 6,8% chegando a 6,86 milhões de toneladas. As reservas mundiais de farelos de oleaginosas, por sua vez, devem registrar um recuo de 7,7%, passando a 8,47 milhões de toneladas.
Segundo a consultoria alemã, essa baixa dos estoques de farelo deverá impactar mais o setor de alimentação animal do que o de óleos vegetais, já que a produção de óleo de palma é bastante expressiva. As reservas de farelo deverão ser reduzidas até meados de abril, quando há a entrada da safra de soja da América do Sul amenizando as faltas de produto.
"A rentabilidade das rações se deteriorou severamente nos últimos meses e o racionamento da demanda por farelo de soja já começou. Esse racionamento será necessário, o que deverá manter os preços do produto em níveis elevados no médio prazo", disse a Oil World em seu relatório.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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