Jesus

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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Em Chicago, grãos têm dia volátil e soja fecha em campo misto

A soja encerrou a terça-feira (14) em território misto depois de um pregão bastante volátil na Bolsa de Chicago. Entre os vencimentos de maior liquidez, o novembro/12 fechou com 2,75 pontos de queda e o março/13 subindo 4 pontos.

A tendência de alta continua no mercado em função do quadro de oferta e demanda bastante ajustado. A quebra de safra nos Estados Unidos pode chegar à casa das 20 milhões de toneladas e isso já vem sendo refletido pelos preços. A relação de estoque x consumo para a soja é a menor dos últimos anos.

Por outro lado, essa volatilidade, como já vinha sendo sinalizado por analistas de mercado, deve continuar permeando os negócios no mercado internacional até que haja uma definição climática nos Estados Unidos.

Novas previsões indicam novas chuvas no Meio-Oeste norte-americano, principal região produtora dos EUA. Tais precipitações poderiam amenizar a situação das lavouras de soja, que há meses vêm sendo deterioradas pelo calor intenso e pela falta de chuvas. Essa possibilidade, portanto, acaba pressionando as cotações, mesmo que a curto prazo.

Já os futuros do milho fecharam com todos os vencimentos em território negativo na Bolsa de Chicago, com perdas de 3 a 4,50 pontos. Segundo analistas, o grão ainda não encontra novas informações que estimulem uma renovação das altas.

Além disso, o mercado se deparou com dados divulgados pelo relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) altistas, porém, que já vinham sendo esperados.

Paralelamente, há ainda circulando no mercado internacional os boatos de uma menor demanda de milho para a produção de etanol nos Estados Unidos em função de um pedido da ONU e do G20 para a redução do mandato do combustível no país. As entidades, com esse apelo, têm o objetivo de aumentar a oferta do grão para consumo animal e humano, dessa forma freando uma alta muito intensa nos preços.

Entretanto, alguns analistas já afirmam que a probabilidade de que isso seja aprovado é bem remota já que os Estados Unidos estão em ano de eleições presidenciais e a indústria de etanol de milho representa uma expressiva parcela da economia do país.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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