A volatilidade marcou o pregão regular desta quarta-feira na Bolsa de Chicago no mercado da soja, que encerrou o dia com expressivas perdas no pregão regular. Os futuros da oleaginosa transitaram entre os dois lados da tabela, porém, encerraram os negócios com baixas entre 17,75 e 24,25 pontos nos principais vencimentos.
De acordo com o analista de mercado Carlos Cogo, da Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica, a movimentação do mercado nesta quarta-feira foi uma natural realização de lucros diante das fortes altas registradas pelo mercado nos últimos dias e da falta de novidades positivas. "As altas dos últimos 60 dias foram muito favoráveis para a soja".
A única novidade era do lado negativo, sobre o bom desempenho do plantio da soja nos Estados Unidos, que segue se desenvolvendo em um ritmo bom e acima do registrado no ano passado, informações que estimularam a correção dos preços.
No entanto, Cogo afirmou ainda que a tendência é de alta e que o mercado já está construindo um novo patamar de preços em Chicago: os US$ 15 por bushel. Isso se dá em função da apertada situação da oferta e da demanda que continua aquecida. "Há sim compradores, há demanda firme. Os chineses voltaram a ter margens positivas no esmagamento e com isso voltaram a toda carga no mercado brasileiro, argentino e norte-americano,embarcando nas três origens", diz o analista. "Na Bolsa de Chicago, chinês pressionando por compra no físico americano é sempre um fator altista, e é isso que basicamente tem construído as altas e levou o mercado a buscar os US$ 15 por bushel", completa.
Esse bom momento da demanda descrito por Cogo pôde ser confirmado pelo anúncio da venda de 204 mil toneladas de soja a destinos não reveladas com entrega para safra 2012/13 feito pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) hoje.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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