A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo soja
encerrou as operações da quinta-feira com preços mais baixos, em dia de
muita volatilidade. Na maior parte da sessão, os contratos foram sustentados
pelo cenário financeiro positivo. No final do pregão, no entanto, os preços
cederam a um movimento de realização de lucros.
O relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) não trouxe surpresas. A falta de números altistas contribuiu para a
correção. O Departamento cortou a expectativa para a safra sul-americana para
patamares dentro do esperado. A redução na estimativa de compras da
China
ajudou a pressionar o mercado.
Os contratos da soja em grão com vencimento em março fecharam com baixa
de 4,00 centavos de dólar a US$ 12,27 1/2 por bushel. A posição maio teve
perda de 4,00 centavos de dólar, encerrando a US$ 12,36 por bushel.
Nos subprodutos, a posição março do farelo teve preço de US$ 321,00 por
tonelada, baixa de US$ 0,70. Os contratos do óleo com vencimento em março
fecharam a 52,54 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 0,04 centavo frente
ao fechamento anterior.
USDA
O relatório não trouxe alterações no quadro de oferta e demanda
americano. Para 2011/12, o USDA estima safra de 3,056 bilhões de bishels (83,17
milhões de toneladas). O esmagamento foi previsto em 1,615 bilhão de bushels
(43,95 milhões de toneladas). A projeção de exportação seguiu em 1,275
bilhão (34,7 milhões de toneladas). Os estoques finais foram mantidos em 275
milhões de bushels, ou 7,48 milhões de toneladas.
Para a temporada 2011/12, a produção mundial foi reduzida de 257 milhões
para 251,47 milhões de toneladas. Os estoques finais passaram de 63,43
milhões para 60,28 milhões de toneladas. Os Estados Unidos deverão produzir
83,17 milhões de toneladas.
A safra brasileira está projetada em 72 milhões de toneladas e a
Argentina, em 48 milhões de toneladas. Em decorrência da estiagem, os números
foram revisados para baixo na comparação com janeiro, quando eram de 74
milhões e 50,5 milhões de toneladas, respectivamente.
Os chineses, principais compradores da oleaginosa no mundo, deverão
produzir 13,5 milhões e importar 55,5 milhões de toneladas. Em janeiro, as
importações estavam projetadas em 56,5 milhões de toneladas.
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