A desaceleração da economia brasileira no terceiro
trimestre deste ano é "passageira", causada em parte pelas medidas de
contenção das pressões inflacionárias adotadas pelo governo brasileiro no
final do ano passado e ao longo deste ano, que tiveram seu auge seis ou sete
meses depois de sua adoção, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há
pouco, ao comentar os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados hoje pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o ministro, no último trimestre do ano será possível voltar a
acelerar a economia, com a reversão dessas medidas, e estímulo ao investimento
e ao crédito, com redução dos juros. Porém, sem flexibilizar o rigor fiscal
adotado este ano.
O setor industrial é o que mais influenciou para a estagnação da
economia brasileira no terceiro trimestre, apontou o ministro, o que indica que
esse setor da economia é o mais afetado pela crise financeira internacional.
Por outro lado, Mantega comemorou o superávit comercial do País, auxiliado por
um câmbio mais favorável aos exportadores, com forte participação do setor
agropecuário, e o desempenho do varejo. "As vendas ao varejo estão crescendo
no País. Uma parte dessas vendas é feita por importados, mas o peso das
exportações aumentou. Temos um resultado de balança melhor que o esperado",
afirmou.
Sobre os investimentos no País, Mantega afirmou que a desaceleração no
ano também é um reflexo das medidas adotadas pelo governo para conter a
demanda e as pressões inflacionárias, mas comemorou o patamar de 20% do PIB em
investimentos.
O IBGE divulgou hoje que o PIB brasileiro ficou estagnado no terceiro
trimestre de 2011 em comparação ao trimestre anterior, com valor corrente de
R$ 1,046 trilhão. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o PIB
avançou de 2,1%. No ano, a expansão da economia brasileira acumula alta de
3,2% e, nos 12 meses encerrados em setembro, a alta é de 3,7%.
FONTE: As informações são da agência Leia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário