Os futuros dos grãos negociados na Bolsa de Chicago já perderam, novamente, o suporte do bom humor do mercado financeiro. O mercado da soja abriu o pregão regular com leves altas, operou durante boa parte da sessão no lado negativo da tabela, voltou a subir e em seguida a recuar. O pregão é marcado, portanto, por uma forte volatilidade que pode ser sentida no cenário macroeconômico também.
Por conta da estreita relação das commodities agrícolas com o mercado financeiro, a revisão negativa para o PIB dos Estados Unidos informada hoje, por volta de 12h (horário de Brasília), acabou revertendo a tendência de alta dos negócios e contaminando os mercados da soja, do milho e do trigo.
Com isso, as cotações seguem acompanhando o ritmo negativo da crise financeira não só da Europa, mas também dos Estados Unidos. Por volta das 15h35 (horário de Brasília), o vencimento janeiro/12 era cotado a US$ 11,47, com baixa de 0,25 ponto, e o contrato maio/12 - referência para a safra brasileira - valia 11,67/bushel, perdendo 0,50 ponto.
Diante disso, os fundos seguem liquidando suas posições nas commodities agrícolas. "Neste momento, os preços internacionais em Chicago, tanto na soja quanto no milho, estão sofrendo com a atuação de liquidação de contratos não só de posições comerciais, mas também de posições de fundos", diz o analista de mercado Glauco Monte, da FCStone.
No caso da soja, especificamente, outro fator que pressiona os preços são as boas expectativas para as grandes da safra do Brasil e da Argentina. Além disso, a fraca demanda para a oleaginosa norte-americana também é um pressiona os preços nesta terça-feira. Monte afirma que essa combinação de fatores poderia promover uma nova onde de baixas nos preços.
Por outro lado, o analista afirma uma volta aquecida da demanda seria um importante ponto de sustentação para o mercado, segurando as quedas registradas nos últimos dias. Afinal, os atuais patamares de preços podem incentivar a volta dos compradores ao mercado, principalmente a China. A nação asiática já afirmou que cotações abaixo dos US$ 12 são atrativos para a volta da procura pela oleaginosa norte-americana para a recomposição de seus estoques.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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