Os Estados Unidos elevaram em 1,5 milhão de hectares a área semeada de milho nesta safra, mas o volume de produção deverá ficar próximo ao colhido em 2010.
Os novos números de produção divulgados ontem pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) indicam safra de 317,4 milhões de toneladas, 3% menos que o previsto em agosto.
"O governo dos EUA poderá agora revisar a área colhida e apresentar números ainda menores devido a enchentes em várias regiões. A produção, no entanto, está praticamente definida", diz a analista Daniele Siqueira, da AgRural, de Curitiba.
Segundo ela, o importante agora é ficar de olho nos dados de consumo de milho para etanol e ração nos EUA.
Os números de ontem confirmaram a quebra de produtividade, que caiu para 155 sacas por hectare, 3,2% menos que o previsto em agosto.
Essa quebra se deve à ocorrência de forte calor e falta de chuva no período de polinização do milho, segundo Siqueira.
A quebra norte-americana derrubou a safra mundial para 854,7 milhões de toneladas, ainda acima dos 824 milhões do ano passado, mas inferior aos 861 milhões previstos em agosto.
A produção menor de milho nos Estados Unidos abre novas oportunidades para o Brasil. Na avaliação dos analistas da consultoria Céleres, de Uberlândia, esse cenário vai abrir uma temporada de exportações de grandes volumes de milho pelo Brasil.
As exportações de 1,5 milhão de toneladas no mês passado foram as maiores da história para esse período e estão aquecidas principalmente porque a China começou a importar o produto brasileiro.
Fonte: Folha de S. Paulo
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