Jesus

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Soja recua mais de 20 pts frente a turbulência na economia mundial

Os grãos abriram mais uma semana com fortes baixas na Bolsa de Chicago. Nesta segunda-feira, soja, milho e trigo fecharam o pregão noturno registrando perdas de dois dígitos, deixando de lado os fundamentos positivos e focando a desconfiança generalizada no cenário financeiro. Os futuros estenderam suas perdas para a sessão diurna e, por volta de 12h08 (horário de Brasília), a soja já perdia mais de 20 pontos por bushel, assim como o trigo. O milho, se aproximava dos 20 pontos de baixa.

O principal fator de pressão nos preços continua sendo o temor sobre a economia dos Estados Unidos. Na sexta-feira a noite, a agência Standard & Poors rebaixou a classificação de crédito do país e acabou trazendo mais preocupação aos mercados. Não só as commodities agrícolas sofrem com o anúncio desse corte na nota norte-americana, mas as bolsas ao redor do mundo também já sofrem e refletem negativamente essa informação, além do petróleo, do euro e de demais ativos.

Mais uma vez, o índice de commodities da Standard & Poors caiu e estendeu sua maior queda em três meses diante das especulações de que esse rebaixamento da classificação de crédito dos EUA possa comprometer a demanda por matérias-primas.

"O mercado segue preocupado com uma economia mais fraca que acaba refletindo-se em uma demanda também mais fraca. A economia dos EUA não consegue se recuperar e com isso o governo terá que ser mais austero a partir de agora em função do endividamento", explica Ricardo Lorenzet, trader da BS Bios.

Os fundamentos, no entanto, são positivos, mas seguem sendo deixados de lado. A expectativa do mercado da soja e do milho é de uma expressiva perda da produtividade das lavouras norte-americanas.

Além disso, para o relatório de acompanhamento de safra que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o esperado é que se reporte um novo declínio no índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA. Para o milho, espera-se uma queda de 1 a 3% e para a soja, de 2 a 3%.


Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes

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