O governo federal começou a ampliar o limite adicional de crédito à disposição dos produtores de milho do Centro-Oeste. O objetivo é aumentar a capacidade de produção do grão já na atual safra 2011/12, a partir do reajuste, em R$ 500 mil por produtor, do crédito rural destinado ao financiamento de custeio. "É uma preocupação muito específica: controlar a inflação", disse um técnico do governo.
No texto que autoriza a elevação no limite de recursos disponíveis para crédito, divulgado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a justificativa é "não prejudicar o abastecimento interno e os compromissos de exportação". Segundo Francisco Erismá, coordenador-geral de crédito rural e normas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, as medidas visam fortalecer a produção de uma cultura que produz impacto poderoso em outras cadeias produtivas.
A avaliação do governo é que os preços das sacas de milho devem cair até o fim do ano por uma combinação entre estímulos à produção interna, como a ampliação de crédito para custeio, e perda de força nos preços negociados no mercado internacional. Neste caso, o milho tem sofrido um efeito semelhante a outras commodities, cujos contratos de derivativos futuros, negociados na Bolsa de Valores de Chicago (EUA), têm perdido fôlego desde que a turbulência nos mercados financeiros começou, no início de agosto. O governo entende que o preço médio da saca de milho pode cair até um patamar que continue rentável ao produtor, mas que seja benigno para a inflação. Nos 12 meses terminados em julho, dado mais recente divulgado pelo governo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou variação de 6,87% - acima, portanto, do teto da meta de 6,5% perseguida pelo
Banco Central para o ano.
Além da ampliação do limite de crédito para os produtores de milho da região Centro-Oeste do país, o CMN divulgou a ampliação do prazo de carência dos empréstimos direcionados à aquisição de reprodutores e matrizes bovinas e bubalinas, de 18 para 24 meses, e também prorrogou até junho de 2013 o prazo para pequenos produtores obterem junto ao governo sua regularização fundiária.
Preocupante - Nesta semana, os produtores de suínos de Mato Grosso alertaram para a possibilidade de que o Estado fique sem milho em 2011. A informação partiu da direção da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso. (Acrismat). Os produtores, por meio da Associação, tem informado nos últimos seis meses ao governo do Estado e governo federal, que em razão das quebras de safra de milho em todo o país, o Estado deve ficar sem o cereal para consumo animal.
Fonte: A Gazeta
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