A crise nos países europeus é preocupante, mas não deve causar um grande impacto nas exportações de produtos agrícolas brasileiros. É o que pensa José Roberto Mendonça de Barros.
Segundo o economista, o impacto não deve ser tão negativo porque a Europa é muito protecionista e consome basicamente os produtos agrícolas que ela mesma produz, como o exemplo da carne brasileira e as dificuldades para entrar no mercado europeu.
Em termos internacionais, a demanda de produtos agrícolas, particularmente de alimentos, é totalmente comandada hoje pela Ásia, onde a China se destaca.
A Europa pode afetar o Brasil, segundo Mendonça de Barros, pela incerteza do que está acontecendo, as pessoas estão nervosas e as situações cambiais estão fortes. Neste caminho, o Brasil pode ser afetado, especialmente se o nervosismo do mercado financeiro levar a uma saída de dinheiro do Brasil e, eventualmente, a uma certa desvalorização do real.
"Em termos de situação internacional de produtos agrícolas, a oferta, em geral, está relativamente restrita. Os estoques estão baixos, poucos países os carregam, e nós estamos sempre dependendo da safra corrente, e, portanto, dependendo do clima, que tem sido cruel em muitos lugares e para muitos produtos, como a soja e outros grãos. Realmente, o que está mandando é a demanda asiática, a produção corrente nos EUA, no Brasil e na Argentina e as condições climáticas da produção, afirma o economista.
José Roberto Mendonça de Barros disse ainda que, como a demanda tem crescido mais do que a oferta de alimentos, a tendência para o futuro é que o preço se mantenha em alta.
Fonte: Globo Rural
Nenhum comentário:
Postar um comentário