Depois dos números divulgados pelo USDA nesta quarta-feira, os preços dos grãos explodíram na abertura da sessão diurna na Bolsa de Chicago.
Os números para produção, produtividade e estoques vieram abaixo das projeções esperadas e o mercado já pode ver a soja próxima do limite de alta. A oleaginosa sobe quase 70 pontos - com o vencimento janeiro valendo US$ 14,34 por bushel - e o milho registra alta de quase 30 pontos.
A produção estimada para a soja veio em 90,6 milhões de toneladas enquanto o mercado apostava em 91,881 milheões de toneladas. A produtividade também veio abaixo do esperado e ficou em 48,76 sacas por hectare ante o previsto de 49,32 scs/ha.
Para o milho, a produção estimada é de 316,154 milhões de toneladas ante as 317,284 milhões de toneladas esperadas pelo mercado. O rendimento veio anunciado em 161,72 sacas por hectare, número maior do que o estimado pelo mercado - 160,98 sacas por hectare.
Estoques finais - Os estoques finais de soja nos EUA ficaram em 3,810 milhões de toneladas, expressivamente menor do que a aposta do mercado de 4,3 milhões de toneladas. As reservas de milho também vieram aquém do esperado, somando 18,92 milhões de toneladas, enquanto o mercado falava em algo entre 19,762 milhões de toneladas.
Mundo - O USDA reduziu a safra argentina de soja de 52 para 50,5 milhões de toneladas, e a de milho de 25 para 23,5 milhões de toneladas. Já a safra brasileira de soja foi mantida em 67,5 milhões de toneladas.
As importações da oleaginosa da China para a safra 2010/11 mantiveram-se em 57 milhões de toneladas.
Para o analista de mercado Ricardo Lorenzet, da XP Investimentos, os números são altistas para o mercado. O relatório confirma o quadro de estoques ajustados nos EUA tanto para a soja quanto para o milho.
"Isto tende a manter o mercado sustentado na análise macro, mesmo que em algum momento os fundos possam realizar", explica o analista.
O analista diz ainda que os estoques norte-americanos de soja são de 15,2 dias, o menor patamar em 40 anos.
No entanto, mesmo com dados positivos, Lorenzet afirma que o mais importante em dia de relatório não é a abertura do mercado, e sim como fecha o dia. E a atenção e a cautela devem ser mantidas.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
Nenhum comentário:
Postar um comentário